Às vezes, somos invadidos e preenchidos por um grande vazio,
Por vezes, nos falta melodia, letra, harmonia.
Na verdade, nos falta vontade,
Que seja para entoar um simples assovio.
A expectativa por uma varanda nos frustra se nos deparamos com uma janela,
O sofrimento emocional duela com a plenitude.
Plenitude seria saber que cada fresta nos revela,
Sua beleza ou pelo menos uma parcela.
O equilíbrio entre obrigações e prazeres
É a partitura que deveria reger nossos afazeres.
Conhecer e dar voz aos nossos sentimentos
É encontrar parte de nós, há muito perdida no tempo.
Encontrar o inteiro, pedaços, fragmentos.
Dormir para a vida talvez seja tão crucial quanto acordar,
Respeitar-se é entender que, em sua folha em branco,
Apenas você deveria ter o poder de escrever, desenhar e rabiscar,
E quem sabe até reescrever após apagar.
Cuidar da mente é o que nos fará robustos o suficiente
Para entender que se preocupar com o coletivo,
No final, é se preocupar também com a gente.